quarta-feira, 30 de março de 2011

Que se f**a a "Constituição"...

É agora oficial. A OTAN acaba de assumir o controlo dos bombardeamentos e de todas as operações militares na Líbia.
Mais uma guerra imperialista em que Portugal se encontra envolvido. E desta vez nem se perdeu muito tempo com pretextos para a mesma.
Tal como tinha já Luís Amado avisado aquando da recente cimeira da OTAN em Lisboa, esta organização demonstra com isto ter sido definitivamente promovida, na sua natureza, de defensiva a ofensiva, parecendo agora estar mais à vontade para iniciar guerras e bombardear países estrangeiros em situações que não sejam de autodefesa.
Passamos com isto a uma aparente segunda fase na intervenção ocidental nos países árabes com vista à mudança dos seus regimes. Uma fase em que tudo se torna mais explícito e em que já não se usam máscaras.
Só há aqui um problema... Parece que, no nosso caso, como país membro da OTAN, este tipo de "ingerência" e esta clara "forma de agressão" violam um tal "Artigo 7º" de uma série de "Princípios Fundamentais" enunciados num documento intitulado "Constituição da República Portuguesa"... (Mas, quem é que quer saber disso para alguma coisa?...)
Para além disso, este tipo de ataques não foram autorizados pelo Conselho de Segurança da ONU. E, o facto dos vários governos ocidentais estarem a interferir no que, à luz do direito internacional, deveria ser encarado como o natural processo de evolução de um país, que apenas ao povo em causa diz respeito, viola também os princípios de um documento chamado "Carta das Nações Unidas" (que suponho que também já não seja importante) que proíbe a intervenção estrangeira nos assuntos internos dos vários países membros desta organização.
A situação na Líbia não é a mesma do que recentemente ocorreu nos vizinhos Egipto e Tunísia. Não se tratam de manifestantes pacíficos que estão a ser reprimidos pelas forças governamentais. Tratam-se sim de milícias armadas que estão a atacar forças governamentais e vice-versa. Sendo, portanto, esta uma situação de Guerra Civil e não a de uma mera "população" envolvida em "protestos" contra o seu governo.
Os políticos ocidentais que, se se preocupam assim tanto com a situação do povo líbio, façam como inúmeras pessoas de vários países fizeram durante a Guerra Civil Espanhola e ofereçam-se como voluntários para lutar ao lado das forças das quais são partidários.
(Mas, espera aí. Os ocidentais agora são a favor da al-Qaeda?!... Voltámos então ao mesmo tipo de relação denunciada pelo ex-espião do MI5, David Shayler?)
Os nossos governantes que não façam é disto um assunto de Estado e usem o que deveriam ser forças usadas apenas para a protecção dos seus territórios, em guerras ofensivas.
Mas será que é por se preocuparem tanto com o povo líbio que querem intervir militarmente neste país e não noutros por este mundo fora, que também estão a viver situações de guerra civil? Ou serão mais o facto da Líbia ser o país africano com as maiores reservas de petróleo do seu continente e o facto de Qaddafi ter recentemente considerado nacionalizar de novo todas essas mesmas reservas o motivo de tanta preocupação?
Se se preocupam assim tanto com o povo líbio, porque razão estão, quase certamente, como agora é hábito em todos os países onde ocorrem intervenções militares por parte da OTAN e afins, a contaminar o seu território com munições de urânio "empobrecido"?
Porque razão começou esta rebelião exactamente na zona mais rica em petróleo deste país? Porque razão está um estado vizinho, há muitos anos vassalo do Ocidente (e no qual foi recentemente destituído um chefe de Estado que já se estava a inclinar para o lado dos iranianos), a fornecer armas a estes mesmos rebeldes? E o que estavam lá a fazer tantos chineses, que puderam ser vistos entre os grupos de refugiados que saíram deste país?
Questões interessantes, não acham?
Envenenar os povos com os quais dizem estar preocupados... Tomar, neste caso, o lado de uma organização contra a qual supostamente estão a lutar noutros países... Sou eu o único a ver aqui contradições?...
Para finalizar, deixo-vos um excerto do texto que pode ser encontrado na secção de "informação básica" disponível na página oficial no Facebook da Presidência da República Portuguesa.
"Como Comandante Supremo das Forças Armadas, o Presidente da República ocupa o primeiro lugar na hierarquia das Forças Armadas e compete-lhe assim, em matéria de defesa nacional:"
(...)
"assegurar a fidelidade das Forças Armadas à Constituição e às instituições democráticas e exprimir publicamente, em nome das Forças Armadas, essa fidelidade;"
O que é afirmado mais parece ser uma piada... Suponho que seja para enganar os mais ingénuos, que engolem tudo o que são mentiras e propaganda por parte do governo e dos média de massas e aquela malta que passa a maior parte do tempo em linha no sítio do Facebook e que poucas vezes utiliza um outro chamado Google para se informar seriamente sobre qualquer tipo de assunto verdadeiramente importante...

segunda-feira, 14 de março de 2011

EUA a perder a guerra da informação

Se tivessem a verdade e a razão do vosso lado, isto não acontecia...
Curioso que Hillary Clinton se refira à RT como "muito instrutiva". Será por ser o único canal de televisão onde pessoas como Webster Tarpley e Wayne Madsen podem dar a sua interpretação dos factos, por ser a única estação que se atreve a entrevistar pessoas como Daniel Estulin e que regularmente dá tempo de antena a Alex Jones, por ser o único canal internacional de notícias que assinala a ocorrência de certas reuniões secretas e que vai reportando sobre os esforços do Movimento pela Verdade Sobre o 11 de Setembro e por ser o único sítio na televisão onde podemos ver uma cobertura decente sobre certas pandemias que vão surgindo?



(Ignorem o que é dito em relação à Al Jazeera. Ela não é nenhuma inimiga dos interesses de quem controla o governo norte-americano e outros. A sua menção, juntamente com a RT, por parte de Hillary Clinton, é obviamente uma maneira de, ao mesmo tempo que se vão buscar argumentos para tentar aumentar a percepção deste "problema", mais uma vez promover esta estação. Eu sei do que falo, pois também já caí na armadilha deste canal de televisão. Mas o facto de os ter apanhado, há uns tempos, a mentir descaradamente sobre a fraude do "aquecimento global", fez-me abrir os olhos para a sua verdadeira natureza.)

sexta-feira, 11 de março de 2011

O semanário "Tal & Qual", há 5 anos...

Uma <interessante notícia> que acrescento ao meu pequeno arquivo neste sítio, na secção de textos sobre atentados de bandeira falsa.
Há mais para além do que é dito nesse texto. Leiam isto, isto, isto e isto e vejam também isto.
Sobre o 11 de Setembro, de início também a maior parte das pessoas leitoras de imprensa alternativa, apenas apontavam para o seu "conhecimento prévio" por parte do governo... (O que levava a suspeitar que tal coisa tinha sido propositadamente deixada ocorrer, para que daí o governo norte-americano pudesse colher todos os benefícios...) Anos depois, com toda a quantidade de informação recolhida por investigadores, que é já do conhecimento público, a apontar na mesma direcção, já toda a gente bem informada só fala mesmo é em "autoria" dos próprios atentados.
Eu ainda mal me dei ao trabalho de começar a pesquisar sobre mais estes ataques ocorridos no país vizinho a 11 de Março de 2004. Mas, depois de saber o pouco que já sei sobre estes atentados e saber o que sei sobre o 11 de Setembro, uma explosão semelhante ocorrida em Bolonha em 1980, o 7 de Julho em Londres e o atentado no aeroporto de Madrid-Barajas e saber quem é que claramente anda a beneficiar com tudo isto... Não sei porquê, mas surge-me, assim do nada, como que uma forte suspeita sobre quem terão sido os verdadeiros autores das explosões ocorridas na data que hoje se assinala.

sábado, 5 de março de 2011

11/9: O Caminho Para a Tirania

O Pico do Petróleo (e Gás Natural) não foi a única razão para o 11 de Setembro. Quase igualmente importante, estes atentados providenciaram também ao governo dos EUA e restantes governos ocidentais o pretexto para, em nome da "Guerra Contra o Terrorismo", começarem gradualmente a destituir todos os seus cidadãos dos direitos civis, ao longo dos tempos adquiridos, que fazem a distinção entre o que significa viver numa Sociedade Livre e o que significa viver num autêntico Estado Policial, ou sob uma qualquer forma de Tirania.
("Afinal de contas, temos de impedir que os terroristas voltem a atacar, certo? E que melhor forma de o fazer do que começar a vigiar tudo e todos e a controlar e prestar muita atenção a quem ameaça a integridade e a segurança dos Estados responsáveis por toda essa mesma protecção?")
Uma das coisas que fiz no meu tempo de jornalista cidadão, a começar logo no segundo dia após os atentados, quando publiquei a tradução deste artigo, foi chamar repetidamente a atenção para o facto destes ataques, e toda a paranóia que com eles se instalava, serem constantemente usados como principal argumento para adoptar novas medidas de vigilância e introduzir legislação atrás de legislação que foram gradualmente eliminando vários direitos fundamentais, no domínio da privacidade e do dito Estado de Direito, não só nos EUA, como também, mais lentamente, na Europa, sendo, nos meses que se seguiram aos atentados, o caso mais falado por mim e outros activistas o do "USA PATRIOT Act", aprovado uns meros 45 dias após os atentados e o qual literalmente eviscerou uma boa parte da Carta de Direitos norte-americana.
Aquando da descoberta da proposta de mais um desses pacotes de leis restritivos da Liberdade, no outro lado do Atlântico, avisava a dada altura: "Peguem nos atentados de 11 de Setembro, no 'USA PATRIOT Act' que lhe seguiu e no recente 'Domestic Security Enhancement Act' (também conhecido como 'Patriot Act II'), comparem-nos com o pequeno texto que se segue e vejam onde é que os tipos foram buscar a inspiração: [hiperligação]".
Dez anos volvidos após os atentados, com leis e projectos de vigilância que tinham recebido fortes críticas a serem implementados sob outros nomes, através do recurso a artimanhas legislativas e burocráticas, os EUA já não são definitivamente um bom lugar para se viver. E estão já muito perto de se tornar um verdadeiro estado policial.
(Sei que isto soa incrível para quem só lê e vê imprensa controlada e não faz ideia do que lá se passa.) Sobre esta última temática, irei também aqui fazer uma colocação, mas por agora, deixo-vos com o primeiro documentário que descobri sobre os atentados de 11 de Setembro, quando há anos explorava os confins da Internet à procura de informação de interesse.
Andava eu então, no início de 2003, a vasculhar um desconhecido grupo de notícias da Usenet - já não me lembro se sobre a CIA e tráfico de drogas, ou se sobre o assassinato de JFK - quando, a dada altura, me deparei com a referência a um vídeo... "9/11: The Road to Tyranny".
"Ora aí está um título que faz todo o sentido..." - pensei na altura ao lê-lo, depois de já repetidas vezes ter feito a associação entre os dois elementos da frase - "Deixa cá então ver isto..."
O resultado foi um dos maiores choques que apanhei e um documentário que me deve ter deixado boquiaberto durante a maior parte do tempo que o vi.
(Certamente um bom exemplo do que quer alguém dizer, quando descreve algo com que se depara como informação que quase literalmente "rebenta com a mente" de uma pessoa...)
Tendo sido esta a maneira como fui também introduzido ao trabalho de Alex Jones. Um anfitrião de programas de rádio, com um estilo muito energético com que na altura me identificava, que recentemente passou a fronteira da chamada imprensa alternativa para ocupar já um lugar de destaque na imprensa norte-americana, estando já a ser alvo de várias tentativas de ataque à sua credibilidade e de ridicularização, que são de esperar para quem chama a atenção de muita gente.
Este era então o muito bom documentário que ele fazia, há nove anos, com os limitados recursos ao seu dispor na altura.


(Se tiverem problemas com o vídeo, podem descarregá-lo aqui. As fontes para o documentário estão aqui.)

Um bom complemento a este vídeo, poderá ser (apesar de alguns erros factuais) o que se lhe seguiu intitulado The Masters of Terror. (Algumas das fontes usadas no mesmo, estão arquivadas aqui.)
E outro muito bom complemento (também da autoria de Alex Jones) a estes filmes, poderá também definitivamente ser uma importante entrevista - áudio e transcrição - feita em Março de 2003, a um advogado que representava mais de 400 famílias das vítimas dos atentados, que tira quaisquer dúvidas que alguém possa ainda ter quanto à autoria dos ataques.

Com isto termino esta pequena série de colocações sobre o 11 de Setembro que me propus fazer. Quando se aproximar o 10º aniversário dos atentados, deverei publicar e colocar aqui mais algumas coisas com que tentarei complementar o que disse.
Para quem quiser adquirir bons livros sobre o tema, que sobrevivam na Era Pós-Industrial que se aproxima, em que o acesso a computadores e meios audiovisuais será cada vez mais difícil, os que recomendo (na esperança de que não sejam vítimas de alguma campanha de queima de livros que venha a ocorrer no futuro...) são o "tratado" de 700 páginas escrito por Michael C. Ruppert, intitulado Crossing the Rubicon - que fala sobre os atentados e a sua relação com o Pico do Petróleo - e o bom resumo do que na história oficial não bate certo e boa série de "perguntas perturbantes" sobre os ataques, que foram elaborados por David Ray Griffin, no seu livro The New Pearl Harbor.